Hinduísmo  

 

Origem

O hinduísmo é uma das religiões mais antigas do mundo e engloba as mais antigas crenças religiosas. Esta religião tem como base as escrituras hindus, sendo estas divididas em Scruti (aquilo que é ouvido) e Smrti (aquilo que é lembrado). Scruti são os antigos textos ou textos sagrados - os Vedas (Rig-Veda, Sama-Veda, Yojur-Veda e Atharva-Veda.) - que datam os primeiros milénios antes de Cristo. Smrti é composto por Shastras, Puranas, Itihasas, Agamas e Darshanas. 

Os rituais védicos eram, de certa forma, sacrifícios, cânticos sagrados e poemas mágicos que eram dirigidos ao Deus Indra, o único deus capaz de assumir mais facilmente a forma humana.

A ideia de que a vida na Terra é  parte de um ciclo eterno de nascimentos, mortes e renascimentos, a chamada Ordem Normal da Natureza, é a componente principal desta religião. Assim, a alma nunca se modifica, é a essência intacta do ser.

Com a evolução dos tempos a religião védica foi sendo substituída pelo hinduísmo ou bramanismo que surge no tempo da era cristã.

 

Os Deuses Hindus

O hinduísmo é uma religião politeísta. Segundo a tradição, os vários deuses que compõem o hinduísmo têm como único objectivo garantir que os seres humanos pratiquem boas acções.

A trindade hindu é composta por Brahma - o deus criador, Vishnu - o deus que conserva, e Shiva - o deus “renovador”.

 

--> Deusa Shiva.

 

Os Rituais Hindus

Os rituais são compostos por dois elementos principais: a meditação e contemplação. 
A alimentação vegetariana é um dos elementos fundamentais do hinduísmo. Além disso, todos os alimentos devem primeiramente ser oferecido aos deuses.

 As preces são cânticos, em sânscrito (denominando-se de "mantras"). 
No mundo tridimensional o homem e a sua personalidade não passam de um sonho. A essa ilusão atribui-se o nome de “maya”. Para se ver livre dos sofrimentos (que resultam do mal causado na encarnação passada), a pessoa deve ficar livre da ilusão da existência pessoal e física, ou seja, só o mundo espiritual conta. Através do ioga e da meditação transcendental, a pessoa pode transcender este mundo físico e atingir a iluminação, a liberação final. O hinduísmo ensina que o ioga é um processo de oito passos, que levam a pessoa ao universo impessoal, no qual o praticante perde o senso de existência individual. 

 

A sociedade hindu e a sua origem

Os brâmanes (sacerdotes) criaram o sistema de castas, que se tornou a principal instituição da sociedade indiana.

De acordo com a tradição, Brahma teve quatro filhos que formaram as quatro castas originais: brâmanes (saídos dos lábios de Brahma), são os sacerdotes considerados puros e privilegiados; os xátrias (originários dos braços de Brahma), são os guerreiros; os vaicias (oriundos das pernas de Brahma), são os lavradores, comerciantes e artesãos; e os sudras (saídos dos pés de Brahma), são os servos e escravos, considerados impuros.

Os párias ou intocáveis são pessoas que não pertencem a nenhuma casta, por terem desobedecido a leis religiosas. Estes não podem viver nas cidades, ler os livros sagrados nem banhar-se no Rio Ganges.

Os hindus acreditavam que os “intocáveis”  não teriam nascido do Deus Brahma, e, por isso, deviam ser excluídos.  

A oposição humanista nos séculos XIX e XX derrubou este sistema. Porém, mesmo extinto ainda influencia a sociedade da Índia hoje em dia.

 

Crenças e peregrinações hindus

Existem várias crenças hindus. Por exemplo, o rio Ganges. O Ganges tem um valor espiritual para as pessoas que seguem o hinduísmo, e vários desses seguidores tomam banho nas águas do rio, acreditando que ele tem a capacidade de purificar todos os pecados. 

 Para a população que vive nas suas margens, este rio tem uma importância fundamental, pois é dele que essas pessoas retiram a água e os alimentos que consomem.

 Um ritual muito comum, é a visita de milhares de devotos, que ao amanhecer tomam banho nas águas do rio, bebem a sua água e aí lançam as cinzas de familiares mortos.  

 

Festividades

Esta religião politeísta tem várias festividades, mas as que se destacam são:

- Durga-puja – É a festa em honra da deusa da fecundidade (Durga), esposa de Shiva. Celebra-se em Outubro – Novembro e consiste em dez dias de procissões e cerimónias nos templos.

- Sivaratri – Em Fevereiro, em honra de Shiva, os fiéis decoram os templos e passa lá a noite.

- Diwalí – Celebra-se em Outubro – Novembro, na lua nova, em honra de Lakshmi, deusa da prosperidade e da felicidade, É a festa das luzes. Vêem-se lâmpadas, por todos os lados, nos templos, nas casas, nos caminhos, no mar...

- Holi – Em Fevereiro – Março, é o designado “festival das cores” (as pessoas lançam tintas de diversas cores umas às outras) e dançam e fazem procissões para festejar a chegada da Primavera.

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